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Taís Borges Costa

Ecologia reprodutiva de Phyllomedusa hypochondrialis Daudin, 1800 (Amphibia, Anura, Hylidae) no município de Cocalzinho de Goiás, Centro-Oeste do Brasil

Taís Borges Costa

Resumo:
A facilidade de estudo oferecida pelos anfíbios, quando se considera maioria dos outros vertebrados (Wilbur et al., 1978) possibilita utilizá-los como bons instrumentos de trabalho para as questões referentes à biologia reprodutiva (Wells, 1977a; Duellman & Trueb, 1986) e, consequentemente como ótimos objetos para investigações sobre seleção sexual (Ryan, 1985). Os Hylidae, por exemplo, são bons objetos dos estudos naturalísticos por serem, geralmente, abundantes na época de reprodução e facilmente observáveis, além de apresentarem grande amplitude de distribuição geográfica (Martins, 1990; Haddad, 1997). A proposta deste trabalho é descrever e caracterizar aspectos relacionados à ecologia reprodutiva de Phyllomedusa hypochondrialis, a partir da análise de uma população ocorrente no município de Cocalzinho de Goiás, no leste goiano. Apesar de já existirem vários trabalhos envolvendo o gênero Phyllomedusa (Pyburn & Glidewell, 1971; Pyburn, 1980; De Sá & Gerhau, 1985; Langone et al., 1985; Castanho, 1994; Jungfer & Weygoldt, 1994; Matos et al., 2000; Wogel, 2001; Caramaschi & Cruz, 2002; Abrunhosa, 2004), para P. hypochondrialis os dados existentes são deficientes, principalmente se tratando de comportamento reprodutivo, o que demonstra a necessidade de implementação de estudos mais detalhados para essa espécie. Essa espécie é de médio porte para o gênero e pertencente ao grupo de P. hypochondrialis, com ampla distribuição na América do Sul, leste dos Andes colombianos (abaixo de 550m de elevação), ocorrendo também nas Guianas, região sul da Argentina, Paraguai e também no nordeste, sudeste e brasileiros (Frost, 2004). Este trabalho tem como objetivo geral o estudo do comportamento reprodutivo de Phyllomedusa hypochondrialis, no município de Cocalzinho de Goiás, Estado de Goiás. Os objetivos específicos são: descrever o comportamento reprodutivo da espécie (aspectos da corte, tipo de amplexo, etc); examinar e descrever a estrutura do coro; verificar a distribuição espacial dos machos na poça; descrever os padrões de vocalização territorial e agonística emitidos pelos indivíduos de P.hypochondrialis; verificar se existe correlação entre os parâmetros acústicos das vocalizações dos machos e fatores bióticos como comprimento-rostro-cloacal (CRC) e massa, ou abióticos como temperatura e umidade do ar; determinar a RSO (razão sexual operacional) e se há correlação entre o número de machos e fêmeas no agregado reprodutivo; determinar se os acasalamentos são aleatórios em relação ao CRC e massa dos machos; verificar se o padrão de vocalização é influenciado pelo contexto social; verificar se há distinção entre a escolha dos microhábitats (diferenças entre as espécies vegetais) para a desova; verificar se há correlação entre a massa das fêmeas e o número de desovas ou tamanho dos ovos.

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