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João Henrique B. Miatelo

Estudo de biodiversidade e seleção de áreas prioritárias para conservação no Distrito Federal e nos Estados de Goiás e Tocantins, usando como modelo as espécies de plantas da Família Rubiaceae

João Henrique B. Miatelo

Resumo:
A falta de informações referente à Biodiversidade e a Ecologia no Distrito Federal e nos Estados de Goiás e Tocantins,principalmente no que diz respeito aos grupos de plantas, têm prejudicado o conhecimento geral da complexidade do bioma Cerrado, de suas áreas limítrofes e das respectivas zonas transicionais. Até hoje, as áreas prioritárias de conservação adotadas foram baseadas principalmente em análises da diversidade de animais terrestres e de aves. É de máxima importância integrar a estes estudos, uma análise da diversidade vegetal, com o objetivo de se obter uma visão mais coesa do meio ambiente, criando assim, programas de preservação baseados em dados de vários grupos de seres vivos. O estudo aqui proposto tem como enfoque base a família Rubiaceae, a qual, dentre as famílias de plantas, é uma das mais representativas do Bioma Cerrado e de sua área de transição com o Bioma Amazônia. O enfoque nesta família se deveu, também, a sua representação por todos os tipos de hábito (ervas anuais, ervas perenes, arbustos, árvores e lianas), por estar presente em praticamente todos os tipos de vegetação do Bioma Cerrado, por apresentar muitas espécies com alto potencial econômico e medicinal (genipapo, doradinha, erva-de-rato, etc.) além de contarmos com uma banco de dados inicial de 25.000 amostras, representadas por 61 gêneros e cerca de 240 espécies, presentes no Distrito Federal e nos Estados de Goiás e Tocantins. Por estas razões, a escassez de trabalhos Macroecológicos voltados aos seres produtores, se torna um grave entrave à formulação e ao aprimoramento de modelos que visam maximizar a eficiência da seleção de áreas prioritárias para conservação, de forma a minimizar os custos. Um modelo de preservação se torna eficiente à medida que considera o maior número (buscando a totalidade) de fatores que “realmente” influenciam a manutenção da biodiversidade de um determinado local. O pouco conhecimento sobre fatores como a biodiversidade do Bioma Cerrado e de suas áreas transicionais, da heterogeneidade espacial, e da influência de fatores sócio-econômicos e do processo de colonização, torna-se um grande problema à conservação desse Bioma. A proposta de modelos que levam em conta a questão da complementaridade e insubstituibilidade, determinado pelo programa SITES e baseado em um conjunto de dados robusto (da família Rubiaceae), pode garantir uma forte ferramenta de corroboração da eficiência das reservas já existentes, com os objetivos primários de: 1) proporcionar a determinação de áreas complementares que maximizem a eficiência de conservação das áreas já existentes, 2) comparar e integrar os dados já existentes baseados em levantamentos de espécies animais, e 3) sugerir novas áreas que garantam alta biodiversidade com um menor custo.

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